terça-feira, 1 de março de 2016


Contos e Lendas Afro-Brasileiros
Reginaldo Prandi


    Em Contos e lendas, o  autor apresenta a cosmogonia africana por meio do sonho  de Adetutu, negra acorrentada em  um navio negreiro rumo  ao  Brasil. Apesar de lhe terem  tido a liberdade de abraçar os pequenos Taió e Caiandê, “não tinham lhe tirado tudo; ela tinha suas memórias, sabia quem era, de onde vinha. Tinha orgulho de sua origem nobre, de seus deuses, de seus ancestrais, que venerava com desvelo  sincero […] Seu  nome significava A-Coroa-é-paciente, ou A-princesa-sabe-esperar. Ela resistiria”. Nesta obra de ficção baseada na mitologia africana, conhecemos a história da menina Adetutu  que, adulta, torna-se a mãe Conceição, fundadora do Candomblé brasileiro (Uma nota no final do  livro indica ao  leitor que esta “fundação” é  fictícia, assim como  a narrativa em que está inserida). De acordo  com a indicação do autor, “sabe-se que aquele que seria o mais  antigo terreiro brasileiro de culto aos orixás teria sido inaugurado por volta do ano de 1830, na cidade de Salvador, Bahia, no dia em que se celebrava, nas igrejas, a festa de São Pedro, com o  orixá daquele primeiro templo é sincretizado. […] Mas há  outras versões.”

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