terça-feira, 1 de março de 2016





A Invenção de Hugo Cabret-Brian Selznick
  

  Hugo é um garoto órfão que vive com o tio bêbado dentro das paredes da estação de trem de Paris. Um dia, o tio desaparece e Hugo, sabendo que seria levado pela assistência social se descobrissem que ele estava sozinho no mundo, decide usar seu conhecimento de engrenagens para dar continuidade ao trabalho do tio, mantendo todos os relógios da estação funcionando. Quando não está correndo de um lado para o outro para checar os relógios, Hugo se esforça para montar um antigo autômato seguindo as instruções contidas em um caderninho, acreditando que o robô lhe trará uma mensagem do falecido pai.
  O que cativa na trama é a vida dura de Hugo, sua solidão e a saudade que sente do pai. Fazer o autômato funcionar é tudo o que importa para o menino. Ao conhecer Isabelle, outra órfã, e perceber que ela pode ter a peça que faltava para completar a montagem do robô, Hugo se vê em meio a sentimentos novos e conflitantes: precisa desesperadamente da ajuda da menina, mas como confiar nela? Tendo vivido sempre sozinho, Hugo não consegue se abrir com outras pessoas. Ao longo da aventura, vai aprendendo o valor das amizades e descobre um novo mundo.
 Se a história conquista pela sensibilidade e pela linda homenagem que presta ao cinema, a edição da SM faz um excelente trabalho ao apresentar uma narrativa entrecortada por páginas e mais páginas ilustradas a grafite. Mais do que reproduzir cenas, as imagens fazem a ponte entre um bloco de texto e outro, sendo fundamentais para o andamento da história. E as bordas negras dão a ideia de fotogramas. A forma perfeita de transportar a ilusão do cinema para o papel.


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